Fotografia

Photography


10 x 500 cm


2014


Photos Marina Nacamuli

A obra se trata de uma ação sequencial narrativa registrada em uma série fotográfica com 65 fotos impressas em papel de algodão. Cada fotografia mede 5 x 7,5 cm, totalizando 5 metros de comprimento.

Na série, a artista empresta ações normalmente realizadas pela boca à vagina e vice-versa, mesclando os dois órgãos em movimentos de falar, fumar, “florescer” e sangrar. Meu Nome Não É Linda, tem a intenção de discutir o empoderamento das mulheres em resposta ao assédio cotidiano e ao padrão imposto de beleza e higiene.

Num primeiro momento, as imagens mostram a boca da artista pintada de vermelho retratada com estética publicitária: asséptica, bela e erótica. No decorrer da ação, Tathy insere frames onde sua vagina mimetiza a própria boca, além de introduzir o sangue menstrual, escorrendo intercaladamente dos órgãos.

A ilusão gerada pelo jogo de alternância nas imagens, tem a intenção de provocar um estranhamento por deslocar do lugar comum a imagem da vagina, usualmente omitida, disfarçada pela mídia ou exibida somente como objeto sexual.

A contradição entre assepsia e “impureza” permeia o trabalho, ironicamente, pretendendo ressaltar o aspecto natural do órgão genital feminino e da menstruação, que apesar da relação óbvia e fisiológica que têm com a natureza humana, ainda é um assunto que encontra dificuldade de ser tratado com naturalidade.

“Nojento”, “desnecessário”, “nada sexy” e “horrível” são palavras que foram usadas para qualificar o editorial,There Will Be Blood, da fotógrafa Emma Arvida, que retrata as modelos “menstruadas” em cenas cotidianas. Nas últimas décadas, artistas ao redor do mundo, como Ana Mendieta, Jessica Ledwich, Casey Jenkins, Carina Úbeda Chacana, abordam o tema, criando uma rede que fortalece, dá voz e naturaliza as questões do feminino abafadas pelo movimento histórico do patriarcado, que pode minguar com a ajuda de ferramentas de comunicação, como a arte.

The work is a sequential narrative action recorded in a photographic series of 65 photographs printed on cotton paper. Each photo measures 5 x 7.5 cm, totaling 5 meters in length.

In the series, the artist presents us with actions typically performed by the mouth to the vagina and vice versa, merging the two organs in movements of speaking, smoking, "blooming" and bleeding. My Name Is Not Sweetheart has the intention of discussing women's empowerment in response to daily harassment and imposed standards of beauty and hygiene.

At first, the images show the artist's mouth painted red, presented with the aesthetics of advertising: aseptic, beautiful and erotic. During the action, Tathy inserts frames where her vagina mimics her own mouth, as well as introducing menstrual blood, flowing interchangeably from the organs.

The illusion generated by alternating the images intends to provoke a sense of strangeness by shift the image of the vagina from the its habitual place, usually omitted, disguised by the media or displayed only as a sexual object.

The contradiction between the sterile and the "impure" pervades the work, ironically, intending to emphasize the natural aspect of the female genital organ and menstruation, which despite the obvious and physiological relationship they have with human nature, is still a subject that is difficult to be handled with ease.

"Disgusting", "unnecessary", "not at all sexy" and "horrible" are words that have been used to qualify the editorial There Will Be Blood by photographer Emma Arvida, which depicts the "menstruating" models in day-to-day scenes. In recent decades, artists around the world such as Ana Mendieta, Jessica Ledwich, Casey Jenkins and Carina Úbeda Chacana have approached the issue, creating a network that strengthens, gives a voice and naturalizes female issues suppressed by the historical movement of patriarchy, which can be abated with the help of communication tools, such as art.

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