Autorretrato
Self portrait
2014
Obra produzida durante residência na Casa das Caldeiras, SP
The piece was produced during the artistic residency at Casa das Caldeiras in Sao Paulo
O trabalho realizado durante a Residência Artística Casa das Caldeiras, Obras em Construção, trata-se de um aprofundamento da investigação da percepção presencial em relação à espacialidade dos ambientes. Motivação explorada também na série prévia “Meus Quartos”, mas executada, desta vez, em escala industrial, ocasionando uma presença corpórea imersa em amplos espaços negativos, variadas texturas advindas do ferro, tijolo e da terra batida, além de diferentes qualidades de iluminação.
A vivência resultou uma série de dípticos fotográficos, nos quais a artista se autorretrata em cerca de 30 espaços da antiga indústria Matarazzo, São Paulo- SP. Cada fotografia é tirada em dois tempos distintos; num primeiro momento, Tathy interage corporalmente com o local, resignificando formalmente o desenho da paisagem a partir de sua presença. Na sequência, sai de cena, tinge seu corpo de vermelho e retorna à posição de origem, onde faz seu segundo autorretrato.
Fac-símile,palavra, que dá nome à série, advém do Latim e significa fazer igual. Não fosse pela diferença da cor, as fotografias seriam idênticas. A artista se utiliza como elemento performático e visual, a fim de exercitar a precisão do movimento e da memória, a partir da fotografia. A percepção espacial se faz necessária para um preciosismo de centímetros, em acordo com a quantidade de ar inalada anteriormente, a tonicidade de seus músculos, a posição de seus indicadores, a distribuição do seu peso e o direcionamento do olhar.
[por Nathalia Cruz]
The work created during the artistic residency of Casa das Caldeiras, in 2014, is a further investigation of the presential perception in relation to the spatiality of the environments. Motivation also explored in the previous series My Room, Public Domain, but executed, this time, in industrial scale, occasioning a corporeal presenceimmersed in large negative spaces, varying textures made of iron, brick and clay, as well as different lighting qualities.
The experience resulted in a series of photographic diptyches in which the artist takes self portraits in about 30 spaces in the old Matarazzo industry, São Paulo, SP. Each picture is taken in two different moments; at first, Tathy interacts corporally with the site, formally redefining the landscape design through her presence. Further on, out of the scene, she dyes the body in red and returns to the same position, where she takes the second self-portrait.
Fac-Símile, word, which gives name to the series, comes from the Latin and means to do the same. Not for the color difference, the photos would be identical. The artist uses herself as a performative and visual element in order to exercise the precision of the movement and memory, through the photograph. The spatial awareness is necessary for a preciosity of centimeters, in accordance with the amount of air previously inhaled, the tone of the muscles, the position of the fingers, the distribution of the weight and the direction of the look.
[by Nathalia Cruz]